O que define um deck como o mais forte?
Uma variedade de fatores contribui para essa análise, porém, os dados que mais pesaram em nossa escolha foram Taxa de vitória e popularidade.
É simples: Baralhos fortes atraem mais jogadores, muitos dos quais podem não dominar completamente o deck, o que normalmente resulta em uma redução na taxa de vitória do mesmo. Isso significa que, se um baralho é disparadamente o mais popular e ainda assim mantém uma taxa de vitória positiva, geralmente é um forte indício de que o deck é realmente poderoso.
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Os decks separados por ano
Ano 1 e 2: Patron Warrior
Entendemos que no título dizemos "de cada ano", mas aqui usamos a separação que a própria Blizzard usa e ela destaca os anos "um" e "dois" como um só. Agora que essa confusão foi resolvida, vamos ao porquê o Patron Warrior foi escolhido dentro de várias outras opções:
Para qualquer um que jogou durante os primórdios do Hearthstone, essa escolha não deve ser surpreendente. O deck é tão poderoso que, agora que os nerfs em suas cartas foram revertidos, ele é capaz de desafiar decks do Padrão em 2024, quase dez anos mais modernos do que ele.
Mas como o deck opera?
O deck abusa de cartas como o Grim Patron e sua interação com a Warsong Commander para gerar um board cheio de Patrons com investida e matar seu oponente em um único turno. Mas agora, você deve estar se perguntando: "Isso não soa como dano o suficiente", e realmente, não é. Devido à limitação de só poder ter sete lacaios em campo no Hearthstone, não seria possível derrotar seu oponente mesmo que teoricamente desse para fazer criaturas infinitas.
É aí que, curiosamente, nossa terceira carta no combo entra: Frothing Berserker, que por acaso também recebe investida da comandante. Agora, mesmo com um limite de lacaios, é possível causar dano exuberante ao oponente. Utilizando cartas que funcionam em área, como Whirlwind, para danificar todos os seus lacaios e ter letal.
Outro motivo para o deck ser tão poderoso é o fato de que suas peças de combo eram multifuncionais, servindo como remoção em momento de necessidade, fazendo com que o deck não tivesse matchups impossíveis de se vencer, contribuindo para sua dominância.
Menções honrosas: Freeze Mage no beta e Miracle Rogue no Clássico.
Ano do Kraken: Pirate Warrior
Só de se dizer “Pirate Warrior”, você pode causar PTSD em vários jogadores de Hearthstone. A criação de diversos piratas bons, como o infame Patches The Pirate e várias cartas de suporte arquétipo, elevou este deck a um patamar nunca visto antes. Mas Patches não navegava sozinho; ele tinha uma tripulação inteira de cartas quebradas junto dele: N’Zoth’s First Mate, Bloodsail Cultist e Small-Time Buccaneer.
Patches significava uma vantagem de tempo enorme, sendo um 1/1 com investida de graça, já que todas as criaturas em seu baralho eram piratas. Como um deck de Guerreiro agressivo, isso significa que você normalmente terá uma arma equipada, transformando Small-Time Buccaneer em um 1 de mana 3/2, o que é simplesmente insano, já que ao entrar, ele irá trazer o Patches do deck.
Com a enorme sinergia com armas como Upgrade e criaturas eficientes, o deck era capaz de matar seu oponente no turno quatro, algo que até este momento era completamente inédito. Pirate Warrior não era apenas o deck mais poderoso de sua época, mas também o mais detestado.
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Ano do Mamute: Raza Priest
Finalmente, após anos sendo uma das piores classes do jogo, o Sacerdote teve seu tempo na luz. Este ano foi... complicado. Devido a expansões muito fortes, o power level do jogo elevou-se muito mais do que o esperado, resultando em decks como Tempo Rogue, Raza Priest e Jade Druid. Para ser honesto, esse posto de melhor deck provavelmente deveria ser ocupado pelo Jade Druid. Mas, como seu reinado foi breve devido a inúmeros nerfs ágeis, escolhemos o Raza Priest para ocupar seu lugar.
O deck vencia devido à interação entre Raza The Chained e Shadowreaper Anduin, que deixava seu poder heroico grátis e fulminava seu oponente com ele até a morte. Com uma combinação de cartas de baixo custo para resetar seu Hero Power, Prophet Velen para duplicar seu dano e Mind Blast para burst, o Raza Priest muitas vezes conseguia vencer o jogo em um único turno. Além disso, seu poder heroico servia não só como uma ferramenta ofensiva, mas também defensiva, removendo os lacaios inimigos até que todas as peças do combo estivessem disponíveis em sua mão.
Menções honrosas: Jade Druid, Tempo Rogue
Ano do Corvo: Even Paladin
A escolha para esse ano foi particularmente desafiadora, já que assim como nos anos anteriores, o melhor deck também foi nerfado. No entanto, dado o timing tardio dos nerfs, e a ausência de um deck dominante após o nerf, decidimos escolher o paladino.
O deck se destacava por várias razões. Utilizar o Poder Heróico a cada turno rapidamente inundava o tabuleiro com 1/1s, enquanto cartas como Lightfused Stegodon ou SunKeeper Tarim transformavam seus pequeninos em ameaças. Até mesmo Equality frequentemente se tornava uma ótima maneira de utilizá-los, destruindo um campo inteiro com seus 1/1.
O ponto mais forte do baralho era o midgame, com Call to Arms sempre invocando lacaios de custo 2, já que o deck não podia usar cartas de custo 1. Efetivamente pagando 4 de mana para utilizar 6. Jogá-lo na curva frequentemente significava uma vitória se o oponente não tivesse uma remoção em área. E muitas vezes, mesmo se ele tivesse, era fútil, pois esse deck conseguia reconstruir o campo com muita facilidade.
Ano do Dragão: Galakrond Shaman
O reinado do Galakrond Shaman atingiu um nível de opressão tão extremo que parecia ser impossível vencer com qualquer outro deck. Felizmente, sua dominação durou apenas duas semanas até que nerfs de emergência fossem implementados.
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Mas, mesmo após os ajustes, o deck permaneceu como o mais forte do meta. A combinação de tempo e pressão que o Galakrond concedia com sua mecânica de invocação era impressionante, e o Galakrond, The Tempest se destacava como a carta mais poderosa dentre seus irmãos. Ao invocar qualquer carta que tivesse Invoke, como o Corrupt Elementalist, o jogador adicionava um elemental 2/1 com rush ao mesmo tempo em que fortalecia seu próprio Galakrond.
Isso proporcionava ao deck uma pressão constante em todos os estágios do jogo e uma jogada praticamente imbatível no turno 8, capaz de gerar dois lacaios 8/8 com rush e equipar uma arma 5/2.
Ano da Fênix: Demon hunter
Neste ano peculiar, optamos por não selecionar um deck específico. Com o lançamento da primeira classe nova no Hearthstone, houve drásticas mudanças no metagame e esta dominou completamente o jogo. Em reconhecimento a essa excepcionalidade, decidimos destacar a classe como um todo.
Demon Hunter detém até hoje o recorde de mais nerfs consecutivos e rápidos já recebidos. Apenas um dia após o seu lançamento, quatro cartas da classe foram alteradas: Skull of Gul'dan, Eye Beam, Imprisoned Antaen e Aldrachi Warblades. Apesar dessas mudanças, a classe permaneceu indiscutivelmente a mais poderosa, levando a Blizzard a intervir novamente.
Em menos de duas semanas, mais quatro cartas foram nerfadas: Altruis the Outcast, Battlefiend, Glaivebound Adept e Frenzied Felwing, esta última, apesar de não ser oficialmente uma carta de Demon Hunter, era tão utilizada na classe que se tornou praticamente um membro honorário.
No entanto, mesmo após essas intervenções, a classe continuou a dominar, o que levou a outro round de nerfs cerca de um mês depois: Priestess of Fury e Crimson Sigil Runner foram afetadas, seguidas pela última onda de mudanças para Demon Hunter: Twin Slice foi nerfado. Mesmo assim, o deck permaneceu como o mais forte do formato Padrão, mas agora com números mais aceitáveis.
Gryphon: Pirate Warrior.
Mais uma vez, nosso velho “amigo” retorna aos holofotes. Essa escolha pode gerar opiniões divergentes, especialmente considerando que este ano foi repleto de decks poderosos, como Scabb Rogue, Control Priest e Demon Seed.
No entanto, optamos por destacar o Pirate Warrior devido à sua enorme popularidade e impressionante taxa de vitória. O deck era simples e eficaz: seu objetivo era eliminar rapidamente o oponente enquanto completava a missão Raid the Docks para garantir um suprimento constante de recursos no meio do jogo.
Com a recompensa da missão, o jogador ganhava um pirata gratuito a cada turno, garantindo consistência. Além disso, o deck aproveitava Mr. Smite para conceder investida a todos os piratas, facilitando ainda mais a finalização rápida do jogo.
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Menções Honrosas: Scabb Rogue, Demonseed.
Hydra e Lobo: Ramp Druid
Esse ano foi o ano do Ramp Druid, na verdade, muitas pessoas chamavam esta época de Druidstone, devido à presença de Wildheart Guff, uma carta que permitia o jogador chegar até 20 de mana. Além disso, ele também melhora seu poder heroico, o permitindo escolher todo turno entre rampar ou comprar mais uma carta. ALÉM disso, só de jogar Guff, o player já recebe uma mana a mais de graça. A vantagem de cartas e mana que este herói concede sozinho era o suficiente para se ganhar jogos.
Mas, a dominância deste deck não é o crime de apenas uma carta: além de Guff, nós tínhamos Sire Denathrius, uma carta de 10 manas que toda vez que um lacaio seu morria com ela em sua mão, o dano da carta permanentemente aumentava em 1.
O objetivo do deck era chegar em 20 de mana com o Denathrius na mão, que a este ponto provavelmente já deveria estar bem carregado com as almas de seus lacaios mortos. E, então jogá-lo em campo, causando dano massivo em seu oponente ou limpando o campo. Além disso, como o Sr.D tem lifesteal, e era uma ótima ferramenta contra decks agressivos, buscando punir a curva de mana gananciosa do deck, visto que Denathrius iria conceder de volta ao jogador toda a vida perdida.
Para o ano do lobo, apesar de Denathrius ter sido nerfado, o deck de Ramp Druid permaneceu como o melhor.
Conclusão
Muitos decks poderosos existiram durante a vida de Hearthstone e a escolha para alguns destes anos foi particularmente dolorosa de se fazer, visto que tivemos de deixar alguns de nossos decks favoritos de lado. Mas e você, qual deck acha que foi o mais poderoso de cada ano? E o mais detestado? Nos conte nos comentários!
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