Entrevista com Devs da Blizzard: Showdown in the Badlands

Desde a última atualização, a carta Thunderbringer já estava disponível como recompensa de pré-lançamento. Lembrando os dias bons da Kathrena Winterwisp, esse cavalinho pode trazer alguns monstros bem antes da hora. Cuidado apenas com a presença de Yogg-Saron, Unleashed no meta!

A entrevista foi concedida pelos profissionais Leo Robles Gonzales (Game Designer) e Alicia Cornelia (Senior Game Producer). Seguem alguns dos tópicos discutidos:

O Que Esperar da Expansão

LRG: Showdown in the Badlands se passa no passado e nos mostra como Reno Jackson e Elise se conheceram, antes de formar a Liga dos Exploradores, nos Ermos, um local deserto muito semelhante ao que conhecemos nos filmes de Velho Oeste. Há essa cidade, Bloodrock, onde mineradores Escavam a Azorita de maneira imprudente. Então, Elise se alia a um grupo de foras-da-lei para enfrentar a ganância dos mineradores e esse embate culmina nas mecânicas e cartas que queremos mostrar.

Sobre as Mecânicas da Expansão

AC: As mecânicas novas se conectam bastante ao tema da expansão. A primeira mecânica é Escavar, que adiciona tesouros à sua mão; a qualidade dos tesouros vai melhorando quanto mais você usa a habilidade.

A próxima é Compra Rápida, baseada em quem saca primeiro em um duelo. Os efeitos da habilidade acontecem se você jogar o card no mesmo turno em que ele for adicionado à sua mão. Por fim, temos mais uma habilidade: Singleton!

LRG: Só para recapitular, metade das classes está aliada com os mineradores e, portanto, possuem a habilidade Escavar. Compra Rápida está disponível para todas as classes. As demais classes estão aliadas a Elise e têm esses cards lendários com essas habilidades sensacionais caso seu deck não tenha cards repetidos!

Alterações no Conjunto Essencial para se Adequar à Nova Expansão

LRG: Embora nós não tenhamos, agora, nenhum plano de alterar o Conjunto Essencial para essa expansão, ele ainda é uma adição recente no universo que é Hearthstone e é uma ferramenta que ainda estamos aprendendo a usar, como pudemos ver no caso do Gadgetzan Auctioneer, uma carta que pode servir para ajustar problemas que identificamos no formato. Como nós queremos que as cartas novas brilhem, não temos intenção de mudar nada por hora.

Posicionamento do Metagame

LRG: A reintrodução da mecânica de Singleton significa que estamos priorizando decks control sobre o resto? Na verdade, nosso objetivo a cada expansão é que cada jogador encontre um deck que o agrade, e por isso nós sempre temos a intenção de criar metagames o mais abertos possível.

É claro que, a cada expansão, um deck acaba se tornando o melhor, mas, durante o design, nós nos esforçamos para que cada classe se veja representada. É claro que, quando nós estamos planejando uma expansão e podemos ver que um deck está acima de todo o resto, nossa intenção é que o meta se altere e se atualize para que a experiência dos jogadores seja sempre agradável.

Embora estratégias Singleton tendam a ser mais lentas tradicionalmente, eu não descartaria a existência de decks agressivos, até porque essa não é a única mecânica que estamos promovendo. Em classes como Caçador, eu acredito que podemos ter decks Singleton agressivos.

Cavaleiro da Morte

LRG: Nós procuramos sempre buscar inovar com essa classe, já que ela é a grande inovação recente do jogo e o sistema das Runas ainda é o grande diferencial da classe, considerando que não há nada semelhante nas demais classes.

Por um lado, o sistema nos dá um guia claro para o que nós queremos para a classe (e no geral estamos bem contentes sobre como a classe tem se portado no jogo), mas é uma classe cujo desenvolvimento nós estamos monitorando o tempo todo, já que ela é totalmente diferente das demais. Nós tentamos fazer coisas legais com as Runas, mas sempre estamos de olho para que as coisas não saiam de controle a cada expansão.

AC: Certamente é muito interessante ver como os jogadores desenvolvem a classe assim que as cartas ficam disponíveis online.

Sobre Expansões Independentes ou Interligadas

AC: Quando nós tivemos expansões interligadas, como a da Liga dos Exploradores ou os Mercenários, é mais fácil desenvolver os personagens e atrelar mecânicas a eles, mas, por outro lado, temos que estar sempre atentos a que ponto da história nós estamos trabalhando para que as coisas façam sentido, e você acaba invariavelmente perdendo oportunidades de desenvolver personagens fora desse núcleo.

Com expansões independentes, você não apenas pode mudar a temática de mais séria para mais escrachada de uma expansão para outra, como você tem mais oportunidades de desenvolver cosméticos e personagens novos, além de nos dar um pouco mais de flexibilidade para desenvolver mecânicas diferentes.

Skins no Battle Pass

AC: É importante para a gente, quando escolhemos quais Skins serão colocadas no Battle Pass, que elas façam sentido mesmo após o lançamento da próxima expansão - Se ela for interessante, mas apenas momentaneamente, provavelmente não é uma boa escolha, já que não fará sentido ao longo do ano.

Signature Cards

AC: Lá atrás, em March of the Lich King, quando nós lançamos as primeiras Signature Cards, nós tínhamos esse objetivo de manter um equilíbrio entre a arte alternativa e a funcionalidade da carta para os jogadores, para que eles entendessem o que a carta fazia.

O feedback que recebemos é que talvez a gente tenha ido um pouco além da conta nesse sentido e isso nos fez reavaliar as nossas metas. A partir do Festival das Lendas, procuramos atrelar a arte da carta à temática do set e usar as tooltips para manter o entendimento da carta. Acreditamos ter tido sucesso no que queríamos e já usamos isso em Titans também! Em Badlands, pretendemos melhorar ainda mais a experiência.

Com isso terminamos a nossa entrevista e agradecemos a oportunidade oferecida.

Um abraço e até a próxima!