Guia de deck: Pure Paladin

Bom dia, boa tarde, boa noite! Meu nome é Yangzera e eu fui o escolhido para ensinar a todos vocês como pilotar o deck de Pure Paladin da melhor forma possível!

Sem nenhum nerf programado para o patch 26.2.2, a classe parece estar em um ótimo lugar para jogar com um deck feito apenas de cartas de classe.

Pure Paladin historicamente não era um deck muito poderoso dada a importância das cartas neutras para o meta e para a classe, especialmente recentemente com o Prince Renathal e o Mr. Smite.

Com a expansão de Murder at Castle Nathria e March of the Lich King, recebemos cartas incríveis que dão suporte ao arquétipo e buffs relevantes que tornam The Countess e The Purator cartas de grande valor importantíssimas para o arquétipo, especialmente depois que o custo de mana da Legendary Invitation foi reduzido para 2.

Com a redução de custo da Legendary Invitation de 3 para 2 manas, podemos finalmente usar todas as três magias no turno logo após jogar a The Countess, independente de termos jogado ela na rodada 6 com a moeda ou na 7 naturalmente.

A diferença entre jogar duas e três cartas lendárias descobertas no mesmo turno é enorme e muitas vezes a diferença entre vencer e perder a partida.

Pure Paladin pode lembrar muito as antigas estratégias de Zoo Lock pelo fato de ser um deck que luta pelo board cedo e mantém controle dele, mas que tem fraquezas bem parecidas também.

Queremos algumas unidades de early game (mas não muitas) para descontar os Lightrays e manter o tempo alto até a rodada em que jogamos a The Countess, que é uma jogada lenta e que vai nos fazer perder certo controle do board.

O follow-up dessa rodada (que de preferência é a 7 ou até mesmo a 6) é ridiculamente forte e muitas vezes vai simplesmente vencer a partida, ou colocá-la em uma posição em que o oponente não consegue se recuperar e acabamos vencendo logo depois.

O mulligan de Pure Paladin é relativamente fácil – buscamos cartas de early game que possam nos colocar no board cedo. É importantíssimo ter drops 1 desde o turno 1 contra matchups centradas no board como Unholy DK e Shadow Priest, enquanto matchups como Warrior e Warlock requerem turnos explosivos que são feitos jogando a The Countess na curva, geralmente a pressão nessas matchups vem de um Order in the Court.

Acho interessante ficar com cartas importantes como Order in the Court e The Countess na mão inicial porque nosso deck fica infinitamente melhor quando consegue jogar a The Countess na curva. Order in the Court pode ser jogada no turno 5 para preparar um forte turno 6 com dois Lightrays e habilitar o explosivo turno 7.

É importante identificar matchups em que uma única grande unidade pode acabar com tudo para o oponente, com uma Sanguine Soldier ou Righteous Protector buffadas por For Quel’Thalas!, Hand of A’dal e Seal of Blood.

Também acho importante não necessariamente ficar com cartas que dependem de você ter o board na mão sem já ter encontrado as cartas que vão te colocar na mesa em primeiro lugar. Caso você veja um drop um, tudo bem ficar com uma Hand of A’dal, se não, não.

Também recomendo fazer o seu mulligan baseado no fato de você estar na play ou na moeda, pois é fácil ficar atrás no board sendo o segundo a jogar. É ok tomar um pouco mais de riscos ao jogar com a Coin, por já ser uma desvantagem natural.

Versões do deck que não usam Blood Matriarch Liadrin podem ter extrema dificuldade de voltar ao board uma vez que o perderem - não usamos sweeps e nem unidades com rush no main deck, o que torna o processo de ganhar o board de volta contra decks como Unholy Death Knight, Shadow Priest e Midrange Hunter, por exemplo.

Outra fraqueza inerente do deck, que pode ser coberta com uma mudança no estilo de gameplay, é que não temos quase nenhuma forma de dano direto. Podemos dar mais dano diretamente da mão, mas isso vem com o preço a pagar de termos uma unidade em campo para que ela receba o buff, o que coloca uma importância ainda maior em reter controle da mesa para finalizar as partidas que precisam de um pouco mais de dano.

A forma mais comum que encontrei de cobrir a fraqueza inerente da falta de dano direto é identificar quando uma partida específica muito provavelmente vai ser decidida em quanto dano você consegue causar de uma vez só e se preparar para isso.

Minha recomendação é construir um grande Disco Maul e guardar seu efeito para um início de rodada em que algum de seus lacaios sobreviva. Muitas vezes, você conseguirá causar quantidades absurdas de dano com esse efeito, e muitas vezes guardar ele pode ser útil, pois uma de suas Legendary Invitations pode descobrir um lacaio com Charge, como King Krush.

A fraqueza mais difícil de lidar é a inabilidade do deck de voltar ao board uma vez que perde o controle sobre, mas Blood Matriarch Liadrin é uma forte alternativa que pode ajudar em momentos assim. Juntamente a magias de buff como Hand of A’dal e For Quel’thalas!, a Liadrin pode fazer com que a avassaladora maioria das unidades do deck recebam escudo divino e rapidez, não somente ajudando o deck a voltar ao board mas também oferecendo proteção extra a algumas cartas – se combada com For Quel’thalas!, Liadrin pode conceder escudo divino aos Lightrays que custam zero, fazendo um turno extremamente forte de setup para a The Countess.

Existem várias cartas que podem ser adicionadas e retiradas da lista dependendo do seu estilo de jogo e também da sua coleção. As mais notáveis são:

The Leviathan;

Blood Matriarch Liadrin;

Grimestreet Outfitter;

Kotori Lightblade + The Garden’s Grace (Apenas adicione uma se for adicionar a outra também);

Bronze Explorer;

Segunda cópia de Order in the Court;

Na minha opinião, a carta mais fácil de cortar do deck é o Muckborn Servant, mas eu não gosto de cortá-lo, pois pode ser uma carta bem útil em batalhas de valor, além de ter a chance de descobrir uma segunda cópia da The Countess.

Ao escrever este artigo, o patch 26.2.2 foi lançado no Hearthstone há poucos dias, e o deck subiu para o topo do meta por ter sido um dos poucos decks que não receberam nenhum nerf ou ajuste, e se aproveitou bastante dos nerfs em Unholy DK, uma matchup que eu particularmente considero desfavorável.

Com vários dos decks mais fortes tendo seu poder reduzido, Pure Paladin pôde brilhar nesse início de meta, e parece ser uma ótima opção para pegar lenda nessa reta final do mês e também uma boa opção para a escalada do início de Junho.

Pure Paladin é uma ótima opção para quem quer curtir partidas rápidas e mesmo assim usar um bom deck e ter turnos poderosos e cheios de valor e diversão.

Espero ter falado bem sobre pontos específicos do deck que vão além do mulligan e curva, para que você possa ter uma tomada de decisão diferenciada e consiga cavar vitórias de matchups desfavoráveis. Se você chegou até aqui, muito obrigado, e nós nos veremos muito, muito em breve!