Magic: the Gathering

Competitivo

O Standard pós-Pro Tour Thunder Junction

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No artigo de hoje, avaliamos o impacto que as novidades do Pro Tour Outlaws of Thunder Junction podem trazer ao Metagame competitivo do Standard e o que esperar do formato nos meses que precedem a próxima rotação!

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revisado por Tabata Marques

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O Pro Tour Outlaws of Thunder Junctionlink outside website chegou ao fim com a vitória de Yoshihiko Ikawa, de Domain Ramp - uma estratégia consolidada no formato desde o início da temporada pelo alto nível de poder de Atraxa, Grand Unifier.

Mas a vitória de Ikawalink outside website é apenas um dos diversos momentos marcantes do evento, que contou com uma dúzia de novidades em termos de decks, propostas e mudanças ao Metagame, refletidas principalmente pelas winrates de cada arquétipo durante as rodadas de suíço.

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Winrates do Pro Tour Thunder Junction, por Frank Karsten
Winrates do Pro Tour Thunder Junction, por Frank Karsten

Neste artigo, utilizamos os resultados do Pro Tour para identificar quais foram as estratégias que mais se beneficiaram no evento e como suas winrates e representação podem alterar o cenário competitivo do formato em um escopo maior, onde restam poucos meses até a próxima rotação!

Esper Midrange ainda é uma ótima escolha

O Esper Midrange foi a escolha segura de mais de 30% dos jogadores para o torneio - um sintoma tanto da falta de tempo para testar os novos cards antes do Pro Tour quanto da alta popularidade do arquétipo, que se manteve como um dos principais competidores do Metagame desde o início da temporada.

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Ser a escolha segura significa, também, ser o principal alvo e impeditivo dos demais arquétipos presentes no formato, onde todo deck precisava considerar a partida de Esper Midrange na hora de montar sua lista, e apesar da winrate pouco abaixo de 50%, podemos afirmar que ele permanece como uma das escolhas mais sólidas do formato.

Afinal, testemunhamos situações parecidas em outros eventos, como o Pro Tour Murders at Karlov Manor, onde o Rakdos Midrange teve uma winrate muito baixa por ser muito visado pelos oponentes, fazendo com que dedicassem muitos espaços na sua lista a lidar com ele, ou optando por arquétipos que possuem uma partida favorável.

O Esper Midrange, por outro lado, conseguiu se manter como uma estratégia firme e consolidada, e consequentemente, se comprova como um ótimo deck para quem deseja bons resultados em um Metagame mais aberto, mas seu domínio no formato pode sofrer mudanças bruscas com a ascensão do Four-Color Legends após o Pro Tour.

Ainda assim, mesmo que não esteja sempre no topo, este será um dos decks mais competitivamente viáveis do formato enquanto Raffine, Scheming Seer permanecer válida no Standard.

Precisamos respeitar os decks de Analyst

Outro destaque do Pro Tour Thunder Junction foi a ascensão de uma nova variante dos decks de Aftermath Analyst nas cores de Jund, e ambas as versões tiveram resultados excelentes no torneio.

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Com o Jund Analyst tendo a maior winrate do Pro Tour, é expetável que ele popularize se torne um dos decks a serem batidos no Standard nos meses que precedem Bloomburrow e a rotação, e sua temática de full combo voltada para a interação entre Pitiless Carnage e Splendid Reclamation pode dominar partidas por conta própria se não for colocada em cheque.

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As listas Temur demonstram resultados parecidos e suficientemente consistentes para tornar desses os principais combos do cenário competitivo do Standard, possivelmente demandando respostas mais específicas nos Sideboards nos próximos meses, como o recém-lançado Rest in Peace ou cards mais específicos para lidar com suas condições de vitória.

Control voltou, mas pode sofrer com o novo Metagame

Após passar a temporada inteira tendo problemas e acompanhar o resto do formato, o Azorius Control finalmente ganhou tração no Standard para ser um dos principais decks do formato graças às adições pontuais que as últimas duas expansões trouxeram ao arquétipo com No More Lies, Deduce e Three Steps Ahead, dando-lhe maior flexibilidade e alcance para manter os oponentes em cheque por mais tempo.

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O Azorius Control possui as ferramentas certas para lidar com a maioria das estratégias consolidadas antes do Pro Tour, mas como exemplificado pela partida das finais entre Yuta Takahashi e Yoshihiko Ikawa, arquétipos de go big como o Domain Ramp ou os decks de Analyst são um grande desafio por se beneficiarem ainda mais de jogos longos, especialmente com Cavern of Souls ou altas quantidades de recursão que impossibilitam de acompanhar sem mais ferramentas de card advantage e inevitabilidade.

São tempos difíceis para os Aggros

Exceto pelo Boros Convoke, do qual fez um resultado melhor que o esperado em um ambiente onde Pest Control foi um dos cards mais jogados do torneio, os demais Aggros do formato - liderados pelas diversas variantes de Red-Based Aggro com Slickshot Show-Off fizeram resultados pouco impressionantes no Pro Tour.

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Esses resultados se devem ao formato estar em um período muito mais voltado para o eixo entre decks de atrito como o Esper Midrange ou Azorius Control em contraposição com os decks de valor como o Domain Ramp e as variantes de Analyst, além de outros Midranges cujo plano de jogo envolve interagir com o oponente, dando pouco espaço para arquétipos que buscam jogar por baixo.

Enquanto estratégias como Domain Ramp ou Four-Color Legends permanecerem dentre os principais competidores, os Red-Based Aggro serão opções viáveis para se apresar deles ao jogar por baixo, ajudando a manter o equilíbrio do Metagame. No entanto, seus resultados contra outros arquétipos não são muito encorajadores.

Uma nova era de combos se inicia?

Entre a ascensão do Four-Color Legends com Honest Rutstein, a notória winrate do Jund Analyst no Pro Tour e a popularização do Orzhov Bronco após seus resultados no primeiro dia do evento, é de se esperar que as próximas semanas alavanquem os arquétipos de combos nas partidas ranqueadas, Challenges e torneios independentes.

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Pela sua alta interatividade com o campo de batalhe, capacidade de criar turnos altamente explosivos com Relic of Legends e seu alto fator de customização, é provável que o Four-Color Legends seja o principal arquétipo mais explorado pelos jogadores nas próximas semanas, tornando-se ainda mais difícil de interagir, mas ajudando a manter o Azorius Control e outros arquétipos com sweepers no radar do formato.

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Outra estratégia que se destacou no Pro Tour e chegou a vencer um dos Challenges deste fim de semana foi o Orzhov Bronco, que aproveita da interação entre Caustic Bronco e Shadow of Mortality para causar 15 de dano ao oponente no momento em que a criatura ataca enquanto segue com a proposta de um Midrange agressivo.

Não seria surpresa se novas variantes deste deck surgissem no Standard e até no Pioneer, onde essa mecânica pode ser melhor aproveitada em outras bases e propostas, além de oferecer uma vitória rápida e sem muitos cliques ou micro-interações para funcionar.

Conclusão

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Isso é tudo por hoje!

Em caso de dúvidas, ou sugestões, fique a vontade para deixar um comentário!

Obrigado pela leitura!